Expulsos de condomínio mãe e filho que atacaram humorista com racismo

A aposentada Elisabeth Morrone e o filho dela vão ter que deixar o condomínio onde moram, na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, por comportamento antissocial. A decisão da Justiça se refere a um caso que aconteceu em setembro de 2022, quando a mulher xingou o humorista e músico Eddy Junior, que também mora no prédio.

Imagens gravadas pela vítima, que viralizaram nas redes sociais, mostram Elisabeth ofendendo o vizinho com agressividade e termos racistas, além de se negar a entrar no elevador com ele. As ofensas voltaram a acontecer, e houve também ameaças ao jovem, inclusive na porta do apartamento dele.

Na época, Eddy registrou um boletim de ocorrência contra a aposentada, e o síndico do condomínio também fez ocorrência na polícia, alegando que o filho da moradora teria ameaçado Eddy de morte com uma faca. O episódio foi registrado por câmeras de monitoramento.

O próprio condomínio procurou a Justiça para expulsar a moradora do local. Agora, a partir de decisão da juíza Laura Almeida, publicada na terça-feira (16), a mulher e o filho têm 90 dias para se mudar. A restrição não tira dela o direito de propriedade, e o apartamento pode ser alugado ou vendido.

A defesa da moradora alegou que Elizabeth tem mais de 70 anos, e vive em companhia do filho portador de retardo mental. E acrescenta que a idosa reclamava do comportamento do vizinho, queixando-se de que ele ouvia som alto quase todas as noites, e que esse teria sido o motivo da ofensa racista.  Para o advogado de Elisabeth, José Beraldo, a expusão do condomínio é uma medida desproporcional:

"Eu tô recorrendo. Expulsar através de uma sentença, uma mãe, idosa, com um filho doente? É um absurdo". 

 A defesa alegou ainda que a mulher estava sob efeito de medicamentos durante os ataques.

Atualizada às 16h31 para inclusão de informações