logo Radioagência Nacional
Geral

MPF mira venda ilegal de imóveis do Minha Casa Minha Vida no RJ

Baixar
Priscila Thereso - Repórter da Rádio Nacional
30/08/2024 - 10:56
Rio de Janeiro
Brasília - O Conselho Superior do Ministério Público Federal autorizou hoje a prorrogação dos trabalhos da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro (José Cruz/Agência Brasil)
© José Cruz/Agência Brasil

Imóveis do programa “Minha Casa Minha Vida”, no Rio de Janeiro, foram vendidos de forma ilegal por organização criminosa e agora são alvo de uma ação do Ministério Público Federal. Além de comercializar 53 unidades, a quadrilha impediu o acesso dos beneficiários aos apartamentos do condomínio Vila Carioca, em Jacarepaguá, zona oeste da capital fluminense.

Em uma ação civil pública contra a União, o Banco do Brasil e o município do Rio, o MPF busca uma solução para proteger as pessoas prejudicadas. O órgão diz que os citados não adotaram as medidas necessárias para resolver o problema ou coibir a ocupação indevida.

 A ação foi motivada por irregularidades no processo de distribuição de moradias, que começaram a ser investigadas depois de uma denúncia de uma beneficiária do programa. 

Segundo o MPF, após ser contemplada e receber as chaves do apartamento, ela encontrou o imóvel já ocupado por outro morador. Sem sucesso, tentou resolver a situação e registrou ocorrências policiais. Ela também ajuizou ação na 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, mas as medidas corretivas não foram implementadas. 

Agora, o Ministério Público requereu que a Justiça Federal determine a criação e a implementação urgente de um cronograma para garantir os direitos dos verdadeiros beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, cumprindo assim o propósito do Programa de oferecer moradia digna à população em situação de vulnerabilidade.

 Em nota, a Advocacia Geral da União informou  que “solicitou subsídios sobre o caso ao Ministério das Cidades”. A Procuradoria do Município do Rio disse que vai apresentar defesa no prazo legal estabelecido. O Banco do Brasil não retornou nossos contatos até o fim dessa reportagem.

x