13 de agosto de 1961. Guardas da Alemanha oriental começaram a isolar com arame farpado e concreto os lados oriental e ocidental de Berlim. À 1 e 54 da madrugada, o tráfego de trens foi suspenso. A construção do muro entre as duas partes de Berlim cortou o acesso de 16 milhões de alemães do lado ocidental.
A derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial resultou na divisão do país entre os Aliados. Estados Unidos, França e Reino Unido ficaram com o lado ocidental; enquanto a então União Soviética ficou com o lado oriental.
Com o aparecimento de dois Estados, a Alemanha se tornou o marco que dividiu dois blocos e sistema político-econômicos bem distintos, liderados pelos americanos de um lado, e pelos soviéticos de outro. Foi o lugar onde a Guerra Fria se manifestou com maior intensidade.
No Leste Europeu, a República Democrática Alemã tinha fama de ser um país socialista, que conseguiu dar uma boa qualidade de vida à população. Mas se viu ameaçada em razão das milhares de fugas diárias registradas até aquele dia. E para frear esse exôdo foi erguido um muro de 155 quilômetros de extensão, que interrompeu estradas e linhas de trens e separou famílias.
Para os moradores de Berlim dos dois lados da fronteira, a brutalidade do muro passou a fazer parte do cotidiano. Apenas 11 dias depois da construção, a primeira vítimas: um alemão-oriental, abatido a tiros durante tentativa de fuga.
A queda do muro de Berlim representa um dos eventos mais significativos do século XX, assim como a reunificação pacífica das duas Alemanhas, na noite do dia 9 de novembro de 1989.
