Argentina: organizações protestam contra redução de pena para quem violou direitos humanos

Argentina

Publicado em 10/05/2017 - 12:54 Por Monica Yanakiew - Buenos Aires

Hoje é dia de protesto na argentina. As organizações de direitos humanos vão marchar às 18h até a Praça de Maio, que fica em frente ao palácio presidencial. A manifestação é contra uma decisão da Suprema Corte que pretende reduzir as penas de repressores condenados por violações aso direitos humanos.

 

Elas foram cometidas durante a ditadura, que durou de 1976 a 1983. Mas, na Argentina, os crimes contra a humanidade não prescrevem e estão sendo julgados até o dia de hoje.

 

Em sete anos de ditadura, os militares argentinos sequestraram milhares de opositores que foram levados a centros de tortura clandestinos, onde despareceram. Muitos foram mortos e jogados de aviões no rio da Prata.

 

Os opressores roubaram 500 filhos de desaparecidos que nasceram em cativeiro e foram entregues ilegalmente em adoção.

 

Na semana passada, a Suprema Corte disse que uma lei de 1994, revogada em 2001, pode ser aplicada também aos responsáveis por crimes contra a humanidade. Essa lei, conhecida como dois por um, diz que cada ano cumprido em previsão preventiva vale por dois.

 

As Avós da Praça de Maio disseram que a decisão da Suprema Corte, além de representar um retrocesso, é perigoso para os sobreviventes da ditadura que denunciaram seus repressores e, agora, correm o risco de encontrá-los na rua.

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