Interiorização beneficia 76 mil refugiados venezuelanos no Brasil
Entre abril de 2018 e maio de 2022, mais de 76 mil pessoas foram transferidas de Roraima para diferentes estados brasileiros por iniciativa do governo federal, apoiados pela ACNUR - Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados.
De acordo com a agência da ONU, os migrantes permanecem por três meses nos abrigos temporários antes de serem inseridos em uma nova cidade. Desde 2018, 844 municípios brasileiros receberam pessoas nestas condições. A ideia é diminuir a pressão sobre serviços públicos em Roraima, porta de entrada para a maioria dos refugiados da Venezuela.
Cidades como Rio de Janeiro e Brasília estão entre as que mais receberam migrantes e refugiados que passaram por Boa Vista. A capital fluminense já recebeu 1.620 pessoas e a capital do país recebeu quase duas mil pessoas.
Outro dado da Agência da ONU para Refugiados divulgado nesta segunda-feira e que chama atenção é a situação dos refugiados da Ucrânia desde o início da guerra com a Rússia. O número estimado em 44 países europeus desde o dia 24 de fevereiro aponta que, até a semana passada, cerca de 7 milhões e trezentas mil passagens foram registradas na fronteira saindo do país, com apenas 2 milhões e trezentas mil passagens de retorno. Os dados da Acnur não levam em conta os deslocamentos internos de ucranianos fugindo das áreas de conflito.
Dos quase 5 milhões de refugiados ucranianos na Europa, mais de 3 milhões já se registraram para receber algum tipo de proteção temporária. Entre os refugiados que retornam para a Ucrânia, muitos avaliam a situação, verificam propriedades, visitam membros da família ou oferecem ajuda para eles saírem do país.