Brasileira que mora na região de tremor no Japão narra o que passou

Segundo Aline Fuyumi, há alerta de terremoto para os próximos 5 dias

Publicado em 01/01/2024 - 14:38 Por Renato Ribeiro - repórter da Rádio Nacional - Brasília

O Japão está em alerta de tsunami após um terremoto atingir várias cidades do país.

A brasileira Aline Fuyumi mora na região de Ishikawa, a mais atingida pelo terremoto. Mas no momento dos tremores ela estava numa igreja na cidade de Toyama, próxima a Ishikawa. 

“Foi lá pelas 16h. Estávamos todos reunidos na igreja, um almoço do dia 1º. Começou bem fraquinho. De repente, começou a tremer tudo, chacoalhar tudo dentro da igreja. Começou a cair as coisas no chão, tivemos que evacuar. Abrimos os noticiários, o jornal japonês falando pra gente evacuar, procurar lugares altos, por conta do alerta de tsunami”.

Aline deu detalhes sobre a busca de um lugar seguro após os tremores.  

“A gente evacuou para um local da montanha onde fica um mercado atacadista. O estacionamento dele é bem amplo, muitas pessoas foram para esse refúgio. Como era dia 1º, o mercado estava fechado, mas, por causa do terremoto, a rede de supermercado abriu para que todos os refugiados pudessem usar o banheiro. Eles deram água, pão, fraldas, lenço umedecido e rações para quem estava com um animal”.

Ela contou também sobre a importância dos alertas.

“O alerta de tsunami grave já foi retirado, mas ainda continua um alerta de tsunami. E diz que durante a noite, e durante cinco dias, haverá tremores, inclusive fortes, como o de hoje, então se pediu para a gente sempre ficar alerta”.

Aline falou ainda sobre o susto do momento e da preocupação de familiares.

“Em 5 anos de Japão, foi o primeiro terremoto forte que eu senti que eu tive que sair de dentro do estabelecimento. E pelo que está passando na reportagem, é o primeiro alerta de tsunami depois de 2011, de Fukushima”.

Em nota, o Itamaraty informou que até o momento não há registro de brasileiros afetados pelo terremoto. 

E que a embaixada brasileira em Tóquio permanece em contato com o governo japonês, que não divulgou, até agora, qualquer dado sobre eventuais vítimas.

Edição: Nádia Faggiani/ Sumaia Villela

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