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Internacional

Hamas aceita proposta de cessar-fogo; Israel nega ter concordado

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Pedro Moreira - TV Brasil
06/05/2024 - 19:56
Brasília

Já era início da noite em Gaza quando chegou a notícia de que o Hamas havia concordado com um cessar-fogo. Multidões foram às ruas comemorar em vários pontos, como em Rafah, no sul. Já Israel, primeiro afirmou que o acordo, costurado por Egito e Catar, tinha termos com os quais não concordava. Depois, o porta-voz militar do país disse que o governo estava examinando o conteúdo do texto. Por fim, foi anunciado o envio de uma nova delegação ao Egito para avaliar a proposta. 

A movimentação ocorreu num dia tenso em Rafah, onde estão abrigadas mais de 1,4 milhão de pessoas. Por panfletos despejados pelo ar e até por mensagens no celular, Israel orientou a população a se retirar de uma região da cidade. De acordo com um mapa divulgado pelos militares, a porção em vermelho, deveria ser desocupada. Os civis poderiam ir para uma chamada área humanitária, indicada em branco e que estaria sendo expandida para as regiões indicadas em amarelo. Na porção de Rafah incluída no mapa, estavam cerca de 100 mil pessoas. De acordo com as forças de defesa de Israel, a área humanitária vai contar com hospitais de campanha, tendas e suprimentos.

Horas depois da ordem de evacuação, a cidade voltou a ser alvo de bombardeios. Que continuaram, mesmo depois das declarações do Hamas sobre um cessar-fogo.

Também hoje, agentes israelenses fizeram buscas nos escritórios da rede Al Jazeera, do Catar. No domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu determinou o banimento da emissora no país, alegando questões de segurança nacional. A gigante do mundo árabe faz uma cobertura crítica da guerra em gaza. A Al Jazeera classificou o banimento de criminoso, disse que vai recorrer e que a cobertura da guerra não muda. 

* Com informações da Agência Reuters 

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