Justiça condena sete pessoas por grilagem de terras no Oeste do Pará
A Justiça condenou à prisão servidores públicos, advogados e compradores de terras, por grilagem no Oeste do Pará. Se somadas, as penas dos sete condenados ultrapassam os 134 anos.
O esquema de apropriação e venda ilegal de terras públicas foi desarticulado em 2004, pela Operação Faroeste, da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal.
Os condenados são um madeireiro, um sojeiro, um ex-servidor do MPF demitido pela instituição, um servidor do Incra, um técnico em topografia e dois advogados.
O alvo dos infratores eram terras das glebas Pacoval e Uruá-Una, nos municípios paraenses de Uruará e Prainha.
De acordo com denúncia do MPF, os servidores públicos fraudavam documentos, tanto para favorecer os grileiros, como para dificultar a posse legal de partes dessas áreas para pequenos posseiros.
Os advogados faziam a ligação entre os compradores de imóveis rurais situados em terras públicas com os servidores corruptos.
A maior pena foi aplicada a um ex-servidor do Ministério Público Federal. Ele foi condenado a 24 anos, 3 meses e 20 dias de prisão em regime inicial fechado por corrupção passiva, extravio, sonegação e falsificação de documento público.