O CNJ - Conselho Nacional de Justiça decidiu afastar do cargo o juiz federal Marcelo Bretas enquanto ele for investigado por irregularidades na condução de processos.
Marcelo Bretas foi responsável pela operação Lava Jato no Rio de Janeiro e pelas prisões do ex-presidente Michel Temer, e ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Agora, Bretas é alvo de três reclamações sigilosas que resultaram, nesta terça-feira (28), em processo administrativo disciplinar contra o magistrado.
Uma das denúncias foi feita pela Ordem dos Advogados do Brasil, que alega irregularidades na negociação de delações premiadas pelo juiz.
Outro processo foi aberto pelo atual prefeito do Rio Eduardo Paes, que diz ter sido prejudicado intencionalmente por Bretas na eleição de 2018. Na época, Bretas homologou uma delação premiada que envolvia Paes em um suposto esquema de propinas faltando poucos dias para as eleições que Paes concorria para o governo.
A terceira denúncia foi aberta pelo corregedor Nacional de Justiça, sobre possíveis irregularidades na prestação de serviços judiciais sob responsabilidade de Bretas.
Os advogados do juiz Marcelo Bretas, no processo, negaram qualquer irregularidade.
Em 2020, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região aplicou pena de censura à Marcelo Bretas por violação ao Código de Ética da Magistratura, após participar de dois eventos públicos com o ex-presidente Jair Bolsonaro.