Uma decisão da Justiça Federal da Bahia manteve a competência da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para regular a indústria do tabaco em produtos derivados, como charutos e cigarrilhas.
O Sindicato das Indústrias do Tabaco queria derrubar uma determinação da Anvisa de 2021 que obriga o setor a entregar laudos sobre 163 substâncias presentes em derivados do tabaco.
O Sindicato das Indústrias alegava que não existiriam laboratórios no Brasil e no mundo com a capacitação, a metodologia e os equipamentos adequados para a análise.
A AGU, Advocacia-Geral de União, foi contra a tese da indústria e conseguiu decisão favorável na Justiça Federal.
A medida procura reduzir os riscos de danos à saúde provocados pelos derivados do tabaco.
Existem estudos que apontam mais de nove mil substâncias nos produtos do tabaco. Por isso, alguns especialistas ainda consideram essa resolução da Anvisa insuficiente.
É o que explica o médico e professor Paulo Corrêa, Coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia.
Para o médico Paulo Corrêa, não há níveis seguros para o consumo dos fumos derivados do tabaco, nem para o cigarro.
A Rádio Nacional pediu um posicionamento do Sindicato das Indústrias do Tabaco sobre o tema, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.