Samarco, Vale e BHP são condenadas por propaganda desrespeitosa

Publicado em 07/08/2024 - 18:35 Por Carolina Pessoa - repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

R$ 56 milhões. Este é o valor a pagar, pela Samarco e suas duas acionistas - Vale e BHP Billiton, por danos materiais e morais envolvendo uma campanha publicitária sobre as medidas reparatórias da tragédia ocorrida na bacia do Rio Doce, em 2015, na cidade de Mariana, Minas Gerais. 

A condenação da Justiça Federal também atinge a Fundação Renova, entidade que foi criada poucos meses após a tragédia para gerir todas as ações de reparação de danos, quando as mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo firmaram um acordo de reparação que ficou conhecido com Termo de Transação e Ajustamento de Conduta.

O rompimento da barragem em Mariana deixou 19 mortos e gerou impactos para populações de dezenas de cidades, com questionamentos judiciais até hoje.

De acordo com a decisão, assinada pelo juiz Vinícius Cobucci, a campanha publicitária criou uma narrativa fantasiosa e demonstrou falta de respeito em relação às vítimas e à sociedade brasileira.

Ainda segundo o juiz, as peças veiculadas pela entidade “tentam romantizar a reparação, são destinadas à autopromoção e relativizam o sofrimento dos atingidos”.

Além de pagar R$ 56 milhões, as mineradoras e a Fundação Renova deverão realizar uma contrapropaganda, com novas peças trazendo esclarecimentos sobre tópicos presentes nas publicidades que foram considerados incorretos, inverídicos ou imprecisos.

Procurada, a Fundação Renova afirmou que atua nos limites do Termo de Ajustamento de Conduta e que apresentará recurso contra a decisão. A Samarco informou que se manifestará sobre o assunto apenas nos autos do processo. A Vale e a BHP Billiton não se posicionaram.

Edição: Daniella Longuinho / Fran de Paula

Últimas notícias
Esportes

Brasil bate recorde de medalhas nas Paralimpíadas de Paris 2024

Dia histórico para o Brasil nas Paralimpíadas de Paris, na França. Neste 7 de setembro o país atingiu o maior número de medalhas em uma única edição dos jogos. O recorde era de 72 medalhas nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e Tóquio 2020. 

Baixar arquivo
Direitos Humanos

Movimentos sociais realizam o 30º Grito dos Excluídos em Brasília

Um dos temas é o alerta ao desrespeito ao uso do Fundo Eleitoral para as candidaturas femininas negras, disse a pastora Val Moraes.

Baixar arquivo
Meio Ambiente

Relatório do Cemaden alerta para estiagem severa no país

Um relatório divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) revela um cenário preocupante de estiagem severa que atinge as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do país.

Baixar arquivo
Geral

Desfile de 7 de setembro atrai milhares à Esplanada em Brasília

Milhares de pessoas encheram a Esplanada dos Ministérios para acompanhar o desfile de 7 de setembro, em comemoração aos 202 anos da independência do país. A expectativa da organização era de cerca de 30 mil pessoas.

Baixar arquivo
Internacional

Brasil contesta Venezuela e segue com custódia de embaixada argentina

Após o governo da Venezuela cancelar a autorização para a embaixada da Argentina, em Caracas, ter a custódia do Brasil, o Itamaraty informou que isso não pode ser feito de forma unilateral.

Baixar arquivo
Política

Esther Dweck assume interinamente o Ministério dos Direitos Humanos

A Ministra Esther Dweck, que está a frente da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, vai assumir interinamente o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ela foi nomeada pelo Presidente Lula após a demissão de Silvio Almeida do cargo.

Baixar arquivo