Pesquisadores acham árvores raras na Amazônia com quase 90m de altura

Expedição explica que essas gigantes têm um papel único na ecologia

Publicado em 28/01/2021 - 19:51 Por Gésio Passos - Brasília

Você sabia que algumas árvores raras na Amazônia podem chegar a quase 90m de altura? O tamanho é quase de um prédio de 30 andares, mais de duas estátuas do Cristo Redentor empilhadas.

Uma expedição de pesquisadores brasileiros visitou, agora em janeiro, uma nova área na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, no Amapá, E a surpresa foi encontrar uma nova espécie dessas plantas gigantes, no caso exemplares de castanheira de quase 70 metros de altura..

O engenheiro florestal Eric Bastos Gorgens, professor da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e do Mucurí, que participa da pesquisa, explica que essas árvores tem um papel único na ecologia da floresta.

Inicialmente, não se esperava que árvores tão grandes sobreviveriam na Amazônia. Mas, a partir de fotos aéreas, o grupo com 15 pesquisadores brasileiros e estrangeiros conseguiram definir seis localidades com essas gigantes. Num laboratório não era possível definir as espécies dessas árvores e nem o ambiente que proporcionou esse desenvolvimento gigantesco. Assim, foi preciso organizar expedições para encontrar essas espécies.

A primeira visita do grupo de pesquisa, em 2019, na região Floresta Estadual do Paru, no Pará, onde foi encontrada a maior árvore do país, com 88 metros, da espécie angelim vermelho, até então a única registrada com esse porte gigante.

Nas duas expedições foram encontradas seis árvores com mais de 80m de altura e centenas de outras com mais de 70. Essas árvores têm o papel de grande armazenadora de carbono, como explica o professor Eric. A estimativa dos pesquisadores é que as árvores gigantes tenham mais de 500 anos de vida.

Todos os locais estudados estão em unidades de conservação, de difícil acesso, o que ajuda a preservar essas árvores. Os pesquisadores planejam ainda visitar as outras quatro áreas onde forma locaizadas mais dessas árvores gigantes. A próxima expedição está prevista para agosto desse ano.

Para continuar as pesquisa, o projeto conta hoje com o apoio apenas do Fundo Iratapuru, mas está em busca de novas fontes de recursos

Edição: Joana Lima

Últimas notícias
Saúde

Anvisa decide pela proibição da venda de cigarros eletrônicos

De acordo com a Anvisa, estudos científicos mostram que os cigarros eletrônicos podem conter nicotina e liberam substâncias cancerígenas e tóxicas. Além disso, os dispositivos não são mais seguros que os cigarros convencionais.

Baixar arquivo
Geral

Rio de Janeiro será sede do Museu da Democracia

O Museu vai funcionar no prédio do atual Centro Cultural do Tribunal Superior Eleitoral, no centro da cidade. A concepção será feita pela Fundação Getúlio Vargas.

Baixar arquivo
Internacional

Entenda os riscos no conflito entre Israel e Irã

Ministério das Relações Exteriores do Brasil acompanha, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel. 

Baixar arquivo
Geral

Greve: governo apresenta proposta de aumento salarial

Governo propõe aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica diz que a proposta está aquém do pedido pelos servidores e que a orientação é seguir a greve.

Baixar arquivo
Cultura

Brô Mc's, primeiro grupo de rap indígena, resgata cultura ancestral

O primeiro grupo de rap indígena a criar letras e cantar músicas na pegada do hip hop nasceu há 15 anos, em Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Baixar arquivo
Cultura

RJ: exposição marca a Década Internacional das Línguas Indígenas

Uma imersão na língua dos povos indígenas, com sua história, memória e realidade atual. Essa é a temática da exposição “Nhe’ẽ Porã: memória e transformação”, no Museu de Arte do Rio. 

Baixar arquivo