Um aplicativo vai ajudar a controlar e prevenir o comércio ilegal de madeiras nobres da Amazônia. A novidade faz parte do Projeto Madeira de Lei, que foi apresentado nesta sexta-feira (05), pela Polícia Federal.
A ferramenta, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Paraná, vai ser utilizada por policiais do Brasil e do exterior para ajudar na identificação da madeira exportada.
O diretor de investigação e combate ao crime organizado da Polícia Federal, Luiz Flávio Zampronha, explica como funciona o aplicativo "Você pega uma lasca de madeira, tira uma foto, carrega no sistema, e ele identifica o tipo de madeira", afirma.
O aplicativo vai permitir o cruzamento da amostra de madeira com a base de dados criada pela Polícia Federal. Assim, será possível identificar a origem do material e o tipo de madeira, e verificar a procedência.
Segundo o diretor da PF, o projeto Madeira de Lei prevê também o treinamento de policiais de vários países para a utilização do aplicativo.
Ainda de acordo com Luiz Flávio Zampronha, um milhão e cem mil metros cúbicos de madeira ilegal saem por ano do Brasil, o que equivale a 13 por cento do total exportado pelo país.
Ele acrescentou que a madeira exportada ilegalmente, identificada pelo aplicativo, não vai retornar ao Brasil, mas a partir de agora, será possível responsabilizar o importador ilegal na justiça do país dele.
A cerimônia de lançamento do projeto Madeira de Lei foi na embaixada da Espanha, em Brasília, e contou com a presença de diplomatas e policiais de vários países, entre eles, Estados Unidos, França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, China, Portugal e também o Reino Unido.
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