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Inovação

Máquina usa energia solar para fabricar gelo em comunidade da Amazônia

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Michelle Moreira
20/09/2015 - 08:00
Brasília

Máquinas de fazer gelo vêm mudando a realidade da comunidade Vila Nova do Amanã, no município de Maraã, no Amazonas. O projeto, chamado "Gelo Solar: tecnologia para conservação de alimentos em comunidades isoladas da Amazônia", é uma parceria do Instituto Mamirauá e da Universidade de São Paulo, com recursos financeiros do Google, uma empresa de busca na internet.

 

Os aparelhos possuem um sistema inovador. Não utilizam baterias e funcionam com a captação de energia solar. Ao todo são três máquinas que geram em média 90 quilos de gelo por dia. O melhor de tudo, de forma sustentável. Quem explica é o técnico em saneamento ambiental do Instituto Mamirauá, Felipe Pires.

 

Sonora: "O único equipamento que a máquina precisa para funcionar são os módulos solares para captar energia solar e transformar em energia elétrica. No caso da produção de gelo, o que a gente fez na comunidade foi instalar um sistema de captação de água de chuva. Onde a gente consegue armazenar 30 litros de água. Existe também uma bomba solar no reservatório mais embaixo para que se eleve a água para um reservatório mais acima. E essa água possa ser utilizada para a produção de gelo, um gelo mais limpo. Sendo que na comunidade a água utilizada por eles é a água de rio, água que não é potável"

 

A comunidade comemora. A moradora Lucinete Pereira fala sobre as vantagens da máquina.

 

Sonora: "Ao invés de a gente trazer três, quatro caixas de gelo da cidade, a gente já pode trazer só uma para trazer alguma coisa, algum alimento de lá até aqui. Aí chegando aqui a gente já tem o gelo"

 

Além do condicionamento dos produtos para o sustento das cerca de 60 pessoas que vivem em Vila Nova do Amanã, o gelo também é utilizado para preservar o pescado que é vendido em centros urbanos distantes a quase 20 horas de barco da comunidade
 

As máquinas fazem parte da realidade da vila desde o mês passado e de acordo com o Instituto Mamirauá, os resultados na economia local poderão ser sentidos daqui a cerca de dois anos. Ainda segundo o instituto, o objetivo é estender a experiência para outras comunidades da Amazônia Legal.

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