O Ministério Público Federal voltou a pedir a condenação judicial de quatro pessoas ligadas à Operação Lava Jato: o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, os empresários Fernando Baiano e Júlio Camargo e o doleiro Alberto Youssef, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público entregou as alegações finais do processo à Justiça Federal do Paraná, onde estão concentradas as investigações. Além da condenação pedida para que seja cumprida inicialmente em regime fechado, o Ministério Público quer a devolução de R$ 296 milhões - dinheiro que teria sido desviado da Petrobras segundo o MP pelo “gigantesco esquema criminoso” montado por empresários que pagavam propina a altos funcionários para garantir contratos e a execução de projetos e empreendimentos de seus interesses.
O Ministério Público já havia acusado Nestor Cerveró dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Fernando Baiano, como coautor da corrupção passiva e por lavagem de dinheiro; Júlio Camargo, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraudes em contrato de câmbio, e Alberto Youssef, pelo crime de lavagem de dinheiro.
A denúncia foi integralmente recebida pela Justiça em dezembro de 2014.
Na época, Cerveró alegou que não teve a oportunidade de se defender. Júlio Camargo argumentou que havia sido constrangido e que havia falta de provas para a ação penal. Fernando Baiano também questionou a ação penal e pediu a anulação de acordos de colaboração obtidos por meio de prova obtida por meio de interesses conflitantes com outros delatores do esquema.
O advogado de Alberto Youssef pediu que algumas das provas incluídas nos autos fossem anuladas, e também questionou a legalidade dos acordos de colaboração.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados dos quatro para falar sobre o novo pedido de condenação feito pelo MPF.
