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Política

Sessão do Congresso para apreciar vetos é adiada por falta de quórum

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Priscilla Mazenotti
02/09/2015 - 16:50
Brasília

Os servidores do Judiciário bem que tentaram, mas as manifestações, bandeiras e barulho no gramado em frente ao Congresso não foram suficientes para garantir a derrubada do veto presidencial ao projeto que concedeu reajuste de até 78% aos funcionários do Judiciário. Por falta de quórum, a sessão do Congresso foi mais uma vez adiada.

 

A sessão foi encerrada depois de uma questão de ordem do líder do governo, José Guimarães, questionando a falta de quórum para votação de matérias.

 

O regimento comum prevê quórum de 1/6 de deputados e senadores para a discussão da matéria. O número mínimo de deputados foi atingido, o problema foi o número de senadores eram precisos 41 quando tinham apenas 38 em plenário.

 

Depois de muito bate-boca e discussão, o primeiro vice-presidente do Congresso, deputado Valdir Maranhão, que presidia a sessão, encerrou as discussões. Um grupo de parlamentares da oposição, acusando os parlamentares governistas de acordão, chegou a subir na tribuna para reclamar.

 

A confusão, segundo o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, só fez com que o movimento aumente e as tentativas de derrubada desse veto especificamente sejam mais intensas na próxima vez.

 

 

Os parlamentares da base do governo se defenderam. Alegaram que fazer uso político de um assunto que aumenta os gastos do governo, como é o caso do reajuste do Judiciário, é uma irresponsabilidade, como afirmou o deputado Sílvio Costa, do PSC.

 

 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que adiar sucessivamente as sessões de vetos não é uma boa estratégia, já que o governo vai precisar aprovar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, o próprio Orçamento e o projeto que muda a meta de superávit primário. Pautas que precisam, obrigatoriamente, passar pelo plenário do Congresso.

 

 

A última sessão do Congresso que analisou vetos foi no dia 11 de março. Ainda não há uma nova sessão marcada, mas a promessa de manifestantes e da oposição é de repetir os protestos e a movimentação no Congresso,  vista nesta quarta-feira.

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