A greve dos caminhoneiros é uma tentativa de provocar desgaste político do governo. A opinião é do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
Para ele, essa é uma greve pontual em alguns estados, que o governo respeita, mas que não vai se sentar à mesa e conversar com os caminhoneiros porque, até agora, eles não apresentaram uma pauta de reivindicações clara.
Ao participar de reunião com a presidenta Dilma Rousseff e outros ministros da coordenação política, Edinho Silva afirmou que a greve dos caminhoneiros não entrou em pauta.
O assunto da reunião foi, basicamente, dois projetos: o da repatriação de recursos não declarados no exterior e o da DRU, que permite ao governo usar livremente parte das receitas arrecadadas.
O projeto da repatriação deverá ser votado na terça-feira, mesmo com as críticas de que ele poderá perdoar crimes, como sonegação fiscal, daqueles que resolverem legalizar aqui no Brasil o dinheiro não declarado no exterior mediante pagamento de multa e Imposto de Renda. Edinho Silva disse que o governo não quer correr riscos que possam caracterizar ilegalidades.
Já a DRU foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça na semana passada e segue, agora, para análise de comissão especial. Edinho Silva fez um apelo, para que os parlamentares deixem as bandeiras partidárias de lado e pensem na retomada do crescimento do país.
Outra proposta considerada prioritária, a CPMF, deve mesmo ficar para o ano que vem. Ela ainda aguarda escolha de relator na Comissão de Constituição e Justiça. Mesmo assim, Edinho Silva é otimista e disse que o governo trabalha com a possibilidade de aprovar esse projeto que retoma a CPMF ainda este ano.