O senador Delcídio do Amaral deixou a prisão na noite dessa sexta-feira, no banco de trás do carro de um assessor.
Delcídio estava detido no Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Brasília desde o ano passado, suspeito de obstruir o trabalho da Justiça, ao oferecer 50 mil reais por mês para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fugisse sem fazer delação premiada na Operação Lava Jato.
O assessor de Delcídio, Eduardo Marzagão, acompanhou a liberação dele e informou que o senador volta a trabalhar na segunda-feira.
Depois de 86 dias preso, Delcídio do Amaral não falou com a imprensa e anunciou que só vai se pronunciar quando voltar ao Congresso Nacional.
De acordo com a defesa, o senador, que é do Mato Grosso do Sul, vai permanecer em Brasília enquanto cumprir essa prisão domiciliar. O advogado Luís Henrique Machado informou que o Supremo definiu algumas regras para a prisão domiciliar de Delcídio.
O advogado também negou o boato de que Delcídio teria sido solto após firmar um acordo de delação premiada.
O ex-chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira Rodrigues, preso junto com o senador no dia 25 de novembro, também teve o direito de ser liberado.