AGU fará perícia nos prédios depredados; culpados terão que pagar os prejuízos
As Forças Armadas deixaram as ruas de Brasília. O governo federal resolveu suspender o decreto de Garantia da Lei e da Ordem que autorizava o reforço das Forças Armadas em Brasília entre os dias 24 e 31 de maio.
Segundo o presidente Michel Temer, a medida foi tomada porque terminaram os atos de violência e depredação, vistos durante a manifestação da quarta-feira.
Agora cabe a Advocacia-Geral da União periciar os prédios dos ministérios que foram depredados e estimar os prejuízos para que os culpados paguem pelos danos produzidos.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou os atos como incompatíveis com o regime democrático. E deixou um recado do presidente.
Jungmann lembrou que a medida está prevista na Constituição e que de 2010 até agora, já foram decretadas 29 ações de Garantia da Lei e da Ordem, durante, por exemplo, a Copa do Mundo e a greve de policiais no Espírito Santo.
E avaliou que a determinação foi positiva, porque permitiu a continuidade dos trabalhos do Congresso Nacional, com a aprovação de medidas provisórias.
Raul Jungmann também explicou a confusão entre o governo e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Em pronunciamento na quarta-feira, Jungmann afirmou que Temer autorizou o emprego das Forças Armadas após pedido de Rodrigo Maia. Mas Maia informou que pediu auxílio da Força Nacional e não das Forças Armadas.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, detalhou que as ações da manifestação foram acompanhadas pelo governo e que a decisão de acionar as Forças Armadas foi tomada quando um grupo colocou fogo no Ministério da Agricultura.





