Parlamentares acreditam que julgamento da chapa Dilma-Temer seja protelado por pedido de vista
As atenções estão sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir de amanhã (6), o TSE pode decidir o destino da Chapa Dilma-Temer. Os ministros vão decidir se a chapa cometeu abuso de poder econômico e político na campanha de 2014. E o assunto repercute no Congresso Nacional.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) acredita em um pedido de vista de algum ministro, o que atrasaria a decisão sobre o tema. Ele também espera uma decisão favorável ao presidente Michel Temer.
Sonora: “O TSE vai aceitar a defesa do presidente Michel. Talvez possa haver vista de algum ministro. Eu acredito que amanhã o TSE vai responder ao Brasil de forma favorável com Michel ganhando na sua defesa.”
O líder da minoria no senado, senador Humberto Costa (PT-PE), também acredita num pedido de vista, mesmo entendendo que não há razão para a cassação da chapa.
Sonora: “Porque a presidenta Dilma, em nenhum momento, praticou qualquer irregularidade durante a campanha eleitoral, jamais autorizou qualquer ato que não fosse estritamente dentro da lei. Então, nós não vemos razão pra isso. Não sei se o vice, por conta de tantas denúncias que foram feitas, teria como ser inocentado.
Num tom mais amistoso, o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), espera que o processo seja rápido.
Sonora: “Não há dúvida alguma que essa decisão do TSE terá um grande impacto caso venha uma decisão favorável ou adversa. O que não podemos é permanecer nesse sentimento de expectativa que o país tem sofrido todos esses dias.”
Já na opinião do senador Álvaro Dias (PV-PR) o caso vai longe.
Sonora: “Evidente que nós não teremos uma solução a curto prazo, porque, além do pedido de vista que pode ocorrer, há expedientes protelatórios. Os advogados estão preparados para isso, o presidente Temer disse que vai resistir até as últimas consequências. A médio prazo, não há solução nem mesmo no TSE.”
O processo contra a chapa Dilma-Temer foi movido pelo PSDB. O caso começou a ser analisado em abril, mas foi suspenso por um pedido da defesa da ex-presidente. Para este julgamento, considerado um dos maiores dos últimos anos pelo tribunal, haverá um forte esquema de segurança na região central de Brasília e nas vias de acesso ao TSE.
