Maia diz que políticos do DEM escolhidos para ministérios não são indicações do partido
O atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é do Democratas afirmou nesta quarta-feira que os três políticos do partido escolhidos nas últimas semanas para serem ministros no governo Jair Bolsonaro não são indicações do partido.
Maia disse também que ainda não decidiu se vai tentar a reeleição para presidente da Câmara, mas mencionou que caso sim, sua candidatura seria suprapartidária.
O presidente da Câmara tem o poder de negociar e decidir a prioridade de votações. Os nomes dos Democratas confirmados para o governo Bolsonaro são Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, Teresa Cristina, futura ministra da Agricultura e Luiz Henrique Mandetta, para o ministério da Saúde.
O Democratas é um partido histórico, mas que começou a perder força nas eleições de 2010. Quando se chamava PFL, chegou a ter mais de cem deputados na Câmara, atuando como principal aliado do governo Fernando Henrique Cardoso.
A legenda voltou a crescer após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Ocupou com Mendonça Filho o ministério da Educação no governo Temer e a presidência da Câmara, com Rodrigo Maia, após a queda de Eduardo Cunha, do MDB.
O Democratas também foi o maior beneficiado com a entrada em vigor de novas leis eleitorais, que permitiram aos deputados trocarem de partidos em 2018. recebendo mais cerca de 14 membros. A futura ministra Tereza Cristina se filiou ao DEM em dezembro de 2017.
O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, também declarou que Tereza, Mandetta e Onyx não são indicações da legenda para o governo Bolsonaro.
