Diretor da Vitamedic nega ter vendido ivermectina ao governo federal
O diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, disse em depoimento nesta quarta-feira (11) à CPI da Pandemia, no Senado, que a empresa não vendeu ivermectina para o governo federal, mas para o governo de Mato Grosso, e diversas prefeituras. Ele garantiu que nunca se reuniu com representantes do Ministério da Saúde.
Jailton Batista admitiu que a empresa patrocinou o manifesto Médicos pela Vida, veiculado no dia 16 de fevereiro deste ano em jornais.
Batista, que é CEO da Vitamedic há seis anos, disse aos senadores que a propaganda custou cerca de R$ 700 mil, e que o conteúdo não recomendava apenas a ivermectina para o tratamento da covid-19, mas sim uma série de medicamentos para a infecção. Segundo ele, o texto divulgado não foi produzido pela empresa.
A Vitamedic é uma das maiores indústrias de ivermectina do país. De acordo com relatórios enviados à comissão, as vendas do medicamento saltaram de 24,5 milhões de comprimidos em 2019; para mais de 297 milhões em 2020 — um crescimento superior a 1.100%. E o preço médio da caixa com 500 comprimidos subiu de R$ 73 para R$ 240. Um aumento de 226%.
Questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros, sobre o aumento do faturamento da Vitamedic nos últimos anos, Jailton Batista afirmou que isso não se deve apenas ao crescimento das vendas de ivermectina, já que a empresa comercializa 120 produtos. Ele apontou que todos os medicamentos usados no suposto tratamento da covid registraram aumento nas vendas, entre eles, vitamina D, corticoides e antitérmicos. De acordo com o empresário, a Vitamedic faturou mais durante a pandemia, mas as despesas também cresceram.
"Nosso produto é de matéria prima importada, houve uma variação cambial nesse período de 46%, houve aumento de custos internos, em função da pandemia, tivemos que reconfigurar a empresa, criar turnos, reduzir pessoas trabalhando, afastar pessoas", afirmou.
Nesta quinta-feira (12), a CPI da Pandemia vai ouvir o deputado federal Ricardo Barros, do PP do Paraná, e líder do governo na Câmara.
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