Entre os mais de 27 mil candidatos aptos a disputarem algum cargo eletivo nas eleições no próximo dia 2 de outubro, 448 candidatos, ou seja menos de 2%, declararam ter algum tipo de deficiência.
O dado foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, nesta quarta-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída por lei em 2005, com o objetivo de lembrar a importância do desenvolvimento de meios de inclusão para essa parcela da população.
De acordo com o censo mais recente feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a proporção de brasileiros com deficiência é cerca de quatro vezes maior do que a participação dessa população entre os candidatos nas eleições deste ano.
Para o pleito de outubro, a justiça eleitoral recebeu pedidos de candidatura de pessoas com deficiência para diversos cargos: um para vice-presidente, quatro para governador, dois para senador, 167 para deputado federal, 284 para estadual e 15 para distrital.
Entre todas as deficiências indicadas nos registros, aceitos ou não pelo Judiciário, a maioria (53%) é de deficiência física; pouco menos de um quarto dos registros (23,37%) são de deficiência visual; seguidos por auditiva (11,99%), autismo (2,64%) e outros tipos.
Nas eleições de 2018, entre quase seiscentos parlamentares, apenas dois candidatos com deficiência conseguiram cadeiras no Congresso Nacional. O Tribunal Superior Eleitoral não divulgou estatísticas oficiais sobre a quantidade de candidatos com deficiência para as eleições daquele ano.