Depois de denunciar a não veiculação de programas de campanha do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), a equipe de campanha tem até o fim do dia para enviar provas ao TSE, o Tribunal Superior Eleitoral. Segundo membros da coligação "Pelo Bem do Brasil", algumas rádios do país não veicularam propagandas da campanha.
Nessa segunda-feira (24), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para a coligação apresentar provas concretas de que algumas rádios deixaram de veicular essas inserções. Segundo Moraes, a acusação é considerada “grave” e, se a campanha não provar as denúncias, vai abrir uma investigação contra o candidato. Em entrevista à imprensa, o ministro das Comunicações, Fábio Faria afirmou que foram 154 mil inserções a menos. Faria ainda disse que pediu a suspensão da propaganda de rádio da coligação "Brasil da Esperança", que é a de Lula, do PT, e a notificação das emissoras de rádio.
Segundo o parecer de Alexandre de Moraes, a acusação não tem “qualquer prova ou documento sério”, porque se baseia em um relatório feito por uma empresa de auditoria contratada pelo PL. Moraes ainda argumenta, na decisão, que o relatório não cita quais seriam as rádios, as datas e horários em que os programas de campanha de Bolsonaro deixaram de ser veiculados.
O presidente do TSE disse que sem provas a ação pode ser caracterizada como crime eleitoral, se for constatado que a equipe pretende “tumultuar” as eleições na última.