Butantan e farmacêutica europeia avançam na produção de vacina contra a chikungunya
O Brasil vai avançar nas pesquisas e produção de vacinas contra a febre chikungunya, graças a uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Valneva - para produzir um imunizante de dose única contra a doença.
O projeto é desenvolver uma vacina que seja efetiva na prevenção da doença em adultos e crianças maiores de um ano. A ideia é que o público-alvo seja justamente a população em maior risco, como a que vive em áreas mais afetadas pela chikungunya, além de viajantes e militares.
O acordo vai funcionar da seguinte forma: dentro de seis meses, a companhia com sede na Europa, vai transferir toda a tecnologia ao Butantan, que terá autonomia para desenvolver, fabricar e vender o imunizante nos países em desenvolvimento.
Em troca, o instituto deve fornecer informações sobre a quarta fase dos ensaios clínicos da vacina, que incluirá testes em regiões endêmicas do Brasil.
Atualmente, a empresa farmacêutica europeia está se preparando para iniciar a terceira fase de pesquisas – o que deve acontecer até o fim deste ano.
As outras duas etapas de ensaios clínicos foram realizadas nos Estados Unidos.
A estimativa é que o mercado global fature mais de US$ 500 milhões por ano com a vacina contra a febre chikungunya.