Observatório de Favelas aponta crescimento de casos de Covid-19 nas comunidades do Rio
A quarta edição do Mapa Social do Coronavírus, levantamento feito pelo Observatório de Favelas, traz duas importantes percepções sobre o avanço da infecção no Rio de Janeiro.
A primeira é que a estabilização e declínio na curva de contágio, que já são observados nas áreas mais nobres da cidade, não vêm acontecendo nas comunidades e periferia. A segunda percepção é a tendência de interiorização do vírus.
A publicação quinzenal é parte do esforço de um grupo de pesquisadores que estudam os impactos desiguais da pandemia na capital fluminense. O mapa apresenta conteúdos com análise de dados, que refletem a realidade do cotidiano nas comunidades.
O diretor do Observatório de Favelas e um dos responsáveis pelo mapa do corona, Aruan Braga, afirma que nas áreas mais abastadas do Rio é possível dizer que, nesse primeiro momento, a pandemia foi controlada.
Mas, quando o olhar se volta para os territórios populares, a percepção é outra. Importado pela elite do país, o vírus agora castiga as regiões mais pobres, como destaca o diretor.
O mapa revela a vulnerabilidade presente de forma marcante, portanto, nas zonas norte e oeste, em contraste com bairros da zona sul. Segundo o levantamento, Botafogo e Barra da Tijuca apresentavam no dia 1º de junho taxas de letalidade da Covid-19 entre 7,2% e 7,6%, respectivamente. Já na Maré, Rocinha e Cidade de Deus os números chegaram a 41,6%.
O Índice de Proteção ao Coronavírus, também analisado no estudo, mostrou, ainda, o impacto positivo de medidas de proteção desenvolvidas por organizações a atores locais nas favelas e periferias.
Aruan Braga avalia que os resultados desta edição do Mapa Social do Coronavírus evidenciam a necessidade de tornar mais visível o cenário de desigualdade para que políticas públicas sejam implementadas, companhando a evolução da pandemia. Ou seja, priorizando intervenções nas regiões mais expostas e com menos capacidade de proteção contra a covid-19.
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