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Saúde

Butantan afirma que CoronaVac é eficaz, mas adia divulgação de dados

Segundo instituto, farmacêutica chinesa quer fazer anúncio conjunto
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Renata Martins
23/12/2020 - 20:48
Brasília

Instituto Butantan afirmou, nessa quarta-feira, que a Coronavac é segura e tem eficácia maior do que 50%, mas a solicitação de autorização para o uso emergencial no país só será encaminhada à Anvisa após anúncio conjunto com a farmacêutica chinesa.

A expectativa era que a conclusão do estudo clínico no Brasil da vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Butantan fosse apresentado durante a coletiva dessa quarta-feira, na capital paulista.

Mas, segundo o Instituto Butantan, a farmacêutica chinesa avaliou que o resultado desse percentual de pessoas que realmente conseguiram imunidade contra o vírus só deve ser divulgado após revisão e compilação dos dados com outros países em teste.

Apensar de impedidos de divulgar o dado, o Butantan afirmou que os testes no Brasil indicaram uma eficácia maior que a mínima de 50% exigida pela Anvisa.

Outras vacinas já apresentaram eficácia maior. A desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca apresentou uma eficácia média de 70%. Já a vacina da Pfizer apresentou sucesso de 95%.

Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, a vacina chinesa é a mais segura de todas as que foram testadas no país.

Ele relatou que, entre as pessoas vacinadas com a Coronavac no Brasil e que contraíram o coronavírus, nenhum caso evoluiu com gravidade. Dimas destacou também que os efeitos colaterais apresentados são todos leves.

Apesar do adiamento, o governo de São Paulo manteve o início da campanha de vacinação no estado para dia 25 de janeiro.

O coordenador executivo do Centro de Contingência de São Paulo, João Gabardo, afirma que o atraso não altera a produção do imunizante, e que a vacina já atende às exigências da agência de vigilância brasileira.

Se os prazos forem cumpridos, a Coronavac pode se tornar a primeira vacina contra o novo coronavírus disponível no Brasil, já que a previsão de produção pela Fiocruz da vacina da Universidade de Oxford é para a segunda quinzena de fevereiro.

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