Uma equipe técnica da Anvisa embarca semana que vem para a Rússia. Lá eles vão fazer uma vistoria para verificar o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação da vacina Sputnik V.
A inspeção será em duas fábricas diferentes. A primeira, de 15 a 21 de abril, na unidade que produz o IFA, Insumo Farmacêutico Ativo, que é a matéria-prima, e também fabrica a vacina finalizada. A segunda visita técnica está prevista para ir do dia 19 a 23 deste mês, na empresa responsável pelas etapas finais de envase e embalagem.
As datas das inspeções foram definidas a pedido das autoridades russas, para que tivessem tempo de preparar a documentação necessária para vistoria. A equipe da Anvisa também vai tentar conseguir os documentos que faltam para iniciar a análise do pedido de uso da Sputnik V no Brasil.
A vacina é desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e, aqui no país, é representada pelo laboratório União Química. A Anvisa recebeu dois pedidos de uso do imunizante. Um de uso emergencial, feito pelo laboratório. E o outro de exportação excepcional, feito por 14 governadores. Mas as análises dependem da apresentação de todos os dados.
De acordo com o painel da Anvisa faltam 18% dos documentos e outros 24% estão incompletos.
Hoje à tarde, o diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, recebeu uma visita do embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy. Um pouco antes, Barra Torres fez uma reunião virtual com o embaixador da Índia, Suresh Reddy.
O recente aumento de casos confirmados e de mortes na Índia atrasou o envio de IFA para a fabricação de vacinas na Fiocruz. E a Anvisa não autorizou o uso do imunizante indiano Covaxin no Brasil, por problemas no cumprimento das Boas Práticas de Fabricação.