Uma pesquisa realizada pela Anvisa mostrou que uma em cada três amostras de farinhas de trigo e milho comercializadas no país estavam com a quantidade de ferro fora dos limites exigidos pela legislação.
Em relação ao ácido fólico, mais de 60% das amostras estavam com quantidade inadequada do nutriente.
O baixo teor de ferro e ácido fólico preocupa os nutricionistas, que temem aumento da prevalência de anemia na população.
O conselheiro do Conselho Federal de Nutricionistas, Amilton Feitosa da Silva, destacou que o resultado do monitoramento é preocupante porque as farinhas de milho e trigo são duas importantes fontes de alimentos da população mais pobre.
O especialista lembra que estudos do final da década de 1990 mostravam que 53% da população tinha anemia por causa da falta de ferro.
Uma resolução da Anvisa, de 2002, obrigou a indústria nacional a fortificar as farinhas de trigo e milho com ferro para combater a anemia e ácido fólico para prevenir malformação no feto.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo informou que apoia a política de fortificação do alimento e defendeu um alinhamento na forma de se medir o teor desses nutrientes nos alimentos para dar maior precisão ao monitoramento realizado pela Anvisa.






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