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Saúde

Covid: 10% de entrevistados por pesquisa não vão tomar dose de reforço

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Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional
14/12/2022 - 16:41
Rio de Janeiro

Mais de 250 pessoas declararam que não pretendem tomar doses de reforço da vacina contra a covid-19, e quase 170 com filhos, ou menores sob sua responsabilidade, declararam que não têm a intenção de vaciná-los.

É o que revela a pesquisa Confiança na Ciência no Brasil em Tempos de Pandemia, conduzida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e da Tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No total, foram entrevistadas 2.069 pessoas com 16 anos ou mais, entre agosto e outubro deste ano. 

Para o professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais, Yurij Castelfranchi, um dos coordenadores do estudo, esses números, apesar de não representarem uma maioria, são preocupantes.

Além disso, 3,5% dos entrevistados afirmaram que a ciência não traz nenhum benefício para a humanidade, 46,4% concordam que as vacinas produzem efeitos colaterais que são um risco, 40% apontaram desconfiança em relação às empresas farmacêuticas, que, para eles, escondem os perigos das vacinas, e 46,7% disseram que houve informações falsas sobre a vacina contra a Covid-19. A margem de erro é de 2,2%.

Mas a maioria dos entrevistados, 68,9%, declarou confiar ou confiar muito na ciência. O resultado não é considerado baixo, mas é menor do que indicam pesquisas recentes, como o Índice do Estado da Ciência, que apontou um percentual de 90% na afirmação “eu confio na ciência”.

A pesquisa também aponta que as vacinas são consideradas importantes para proteger a saúde pública por 86,7% dos entrevistados, além de ser percebidas como seguras por 75,7% e necessárias por 69,6%.

O estudo mostrou ainda que os cientistas estão entre as fontes de informação que mais inspiram confiança nos brasileiros e brasileiras. Dentre uma lista de profissionais previamente fornecida, as escolhas mais frequentes de fontes confiáveis de informação foram médicos (60,1%), cientistas (47,3%) e jornalistas (36,4%).

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