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Saúde

RJ: aumento dos casos de dengue traz preocupação

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Carolina Pêssoa - Repórter da Rádio Nacional
05/01/2023 - 17:18
Rio de Janeiro

O número de casos de dengue no Rio de Janeiro volta a preocupar. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o ano de 2022 termina com 11.400 casos da doença. O resultado é quase quatro vezes maior que o de 2021, quando foram registrados 2.882 casos. A quantidade de óbitos também chama a atenção. Enquanto em 2021 foram quatro, em 2022 foram 16, ainda de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.

O infectologista Celso Ramos, professor da UFRJ e membro de Academia Nacional de Medicina, alerta para o risco de surto da doença.

“Com o tempo bom para Aedes como nós temos tendo, com chuvas, temperatura agradável para o mosquito. Sim, eu acho que nós podemos ter um surto, uma epidemia de dengue, sem sombra de dúvida”.

Celso Ramos também ressalta a necessidade de atenção da população para os focos de água parada, especialmente dentro de casa. Eles são o melhor ambiente para a proliferação do mosquito da dengue.

“Aedes se dá bem em água parada, água comparativamente limpa, em recipiente artificial, em área sombreada. Aedes é mais uma doença do potinho de água embaixo da planta, do que do valão de esgoto, isso é importante chamar a atenção. Com frequência o foco do Aedes está dentro das casas, ou está próximo das casas, na laje, na varanda, no quintal, onde há água, repito, comparativamente limpa, água de chuva por exemplo”.

Em relação à cidade do Rio de Janeiro, o secretario municipal de Saúde, Daniel Soranz, explica que o índice de infestação de Aedes Aegypti é menor que nos anos anteriores, mas vem subindo, o que gera um estado de preocupação.

“É sempre uma situação preocupante para a cidade do Rio de Janeiro, com o novo sorotipo de dengue circulando, que é a dengue tipo 2”.

Entre os principais sintomas da doença estão febre alta, dor no corpo e nas articulações e manchas vermelhas. O tratamento inclui repouso e ingestão de líquidos. Em caso de dor ou febre, pode-se tomar dipirona ou paracetamol e nunca ácido acetilsalicílico.

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