Uma pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira mostra que a pandemia causou impacto significativo na redução da atividade física e no aumento do tempo de tela entre crianças e adolescentes brasileiros.
O estudo foi feito com 525 crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos de diferentes regiões do Brasil, que responderam um formulário de entrevista digital sobre características sociodemográficas das famílias, atividade física, tempo recreativo de tela e duração do sono antes e durante a pandemia.
Uma das pesquisadoras responsáveis pelo levantamento, Andrea Zin, reconhece que essa adequação tem extrema importância para a saúde de crianças e adolescentes, promovendo desenvolvimento motor, condicionamento físico e redução da obesidade. E avalia que esse estudo vai servir de base para diretrizes de saúde infanto-juvenil.
O estudo identificou que as medidas de isolamento social contribuíram para a redução do tempo adequado da atividade física. A proporção de famílias que faziam essa adequação baixou de 61% antes da pandemia para 38,5% durante a pandemia.
Também foi menor a adequação do tempo de tela recreativo entre crianças e adolescentes brasileiros, que antes era feita por 67% das famílias e agora reduziu para 27%, na pandemia.
A pesquisa também reforça que o monitoramento de ações voltadas para crianças, adolescentes, pais, escolas e profissionais de saúde deve ser estimulado para a conquista de estilos de vida mais saudáveis e a melhoria de hábitos relacionados à saúde e desempenho escolar, além do cenário de pandemia.