A cada ano, 1,5 milhão de novos casos de câncer de cabeça e pescoço são identificados no mundo. São 460 mil mortes por causa da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Por isso, desde 2014, 27 de julho foi definido como o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. E aqui no Brasil, desde o ano passado, por lei, o mês é considerado o período nacional de combate à doença, que aparece nessas duas partes do corpo.
A médica da Oncologia D'Or, especialista em câncer, Fernanda Antonacio, explica quais são as áreas afetadas por esse tipo de tumor.
De acordo com o Inca, o Instituto Nacional do Câncer, o tumor de cabeça e pescoço é o quinto mais incidente no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres. E mata 15 mil pessoas por ano.
Entre os sintomas, que aparecem de forma persistente, estão lesões na boca, qualquer caroço no pescoço, tosse, rouquidão, lesões no nariz e nos ouvidos, dor de cabeça e dor na garganta. Nesses casos, um médico precisa ser consultado. Foi que fez o funcionário público aposentado de 66 anos, Luiz Carlos Silva Saravalli.
Depois de sete semanas de tratamento, agora, Luiz se sente muito bem. E vai continuar monitorando a doença. E sobre a causa do tumor, ele afirma está ligada ao estilo de vida que ele teve por vários anos.
A médica Fernanda Antonacio confirma: os principais fatores de risco pra desenvolver esse tipo de câncer são o fumo e o consumo excessivo de álcool.
Ela lembra ainda que o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e de pescoço reduz muito a chance de morte.
A doutora Fernanda dá dicas para reduzir o risco da doença: é preciso cuidar da higiene da boca e vacinar contra o vírus do HPV, que também pode causar alguns tumores de garganta. Ela recomenda, ainda, o uso de camisinha durante as relações sexuais.