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Segurança

Lava Jato: presos empresários supostamente envolvidos com caixa 2 na campanha de 2014 de José Serra

Lava Jato Eleitoral
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Nelson Lin
21/07/2020 - 15:33
São Paulo

A Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral realizaram nesta terça-feira(21) a Operação Paralelo 23, terceira fase da Operação Lava Jato eleitoral que investiga caixa 2 nas contas da campanha de 2014 do senador José Serra.

 

Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária contra empresários e 15 de busca e apreensão, e foram efetuadas, até o começo da tarde, três prisões. Um dos empresários ainda não foi localizado.

 

E a busca e apreensão no gabinete do senador José Serra não foi cumprida, pois o presidente da casa, Davi Alcolumbre impediu a entrada dos policiais sob alegação da violação do foro privilegiado. No fim da manhã, uma liminar do STF, do presidente Dias Toffóli, impediu a busca e apreensão no gabinete de Serra acatando o entendimento do Senado.

 

De acordo com os investigadores, os empresários presos estariam envolvidos na doação ilegal de cerca de R$ milhões  à campanha eleitoral de José Serra ao Senado, em 2014. Para isso, eles teriam criado empresas de fachada de gráfica e de publicidade com o intuito de repassar os valores aos intermediários do então candidato ao Senado.

 

Segundo as investigações, o empresário coordenador do esquema é ligado a uma empresa de planos de saúde. De acordo com o delegado Milton Fornazari, a operação serviu para investigar, mais profundamente, se essas doações ocultas serviriam como contrapartida na atuação do senador para favorecer a empresa, uma vez que ele é amplamente conhecido por sua atuação na área da saúde.

 

Os empresários presos na operação permanecem na sede da Polícia Federal e responderão pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 

Em nota, o gabinete do senador José Serra afirmou que foi surpreendido com uma nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, e que a decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação que José Serra não foi ouvido. Reforçou ainda que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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