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Segurança

PF investiga esquema de lavagem de dinheiro e tráfico com criptoativos

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Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional
29/04/2021 - 20:03
São Paulo

Operação da Polícia Federal investiga esquema de lavagem de dinheiro de tráfico internacional de drogas.

A operação Rekt quebrou os sigilos bancário e fiscal de 32 empresas e quatro pessoas físicas suspeitas de fazerem parte de uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro.

A operação desta quinta-feira (29) é um desdobramento de uma outra investigação que começou em 2018, em que a Polícia Federal do Rio Grande do Sul investigava um esquema de tráfico internacional de drogas.

Na época foram identificadas duas células criminosas. Uma cuidava do tráfico propriamente dito. A outra cuidaria da lavagem de dinheiro levantado pelo comércio de drogas.

Os investigadores perceberam uma movimentação muito grande de dinheiro nas contas das empresas e das pessoas envolvidas: cerca de R$ 20 bilhões. A Justiça determinou o bloqueio desse dinheiro nas contas bancárias.

Também foi autorizado o bloqueio de mais de R$ 110 milhões da conta de uma corretora de criptoativos, empresa especializada na venda de moedas e ativos virtuais.

O chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Federal de São Paulo, Fabrizzio Galli, explicou que, das 32 empresas investigadas, 29 eram de fachada e usadas para distanciar os beneficiários da origem real do dinheiro.

As outras três empresas, que têm endereço na capital paulista, foram alvo de busca e apreensão.

A polícia também cumpriu um mandado de busca em uma casa em Limeira, no interior do estado.

Os envolvidos podem responder pelos crimes de organização criminosa, com pena de até oito anos de prisão e multa; e de lavagem de dinheiro, com pena de até 10 anos e multa.

O nome da operação, Rekt faz referência a uma gíria usada no mercado de criptoativos, que significa a perda severa de patrimônio em função de uma transação equivocada ou um investimento mal feito.

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