Essas ações colocam em discussão o papel da imprensa na cobertura e na prevenção desses acontecimentos.
Uma pesquisa da USP, a Universidade de São Paulo, mostra o crescimento acelerado dos ataques, foram dez, nos últimos 13 meses.
O estudo destaca protocolos estabelecidos por especialistas sobre o comportamento da imprensa, como evitar a exposição de vítimas e agressores, com a divulgação de imagens, vídeos ou conversas.
A ideia é impedir o chamado “efeito contágio”, que o atentado seja inspiração para outros. Segundo o estudo, a janela para potenciais imitadores é de aproximadamente 13 dias.
A professora de Ética e Jornalismo da UnB, Universidade de Brasília, Rafiza Varão, fala sobre o cuidado com o uso das imagens.
O doutor e professor de Jornalismo da USP, Rodrigo Ratier, afirma que a cobertura desses casos tem sido sensacionalista com foco na busca pela audiência e por cliques.
Para a editora pública e de conteúdo da Jeduca, Associação de Jornalistas de Educação, Marta Avancini, a imprensa deve acompanhar os desdobramentos e as medidas tomadas pelo poder público para evitar outros ataques.
O estudo da USP indica que as pessoas mais aptas a perceber os sinais de radicalização de jovens são as mais próximas no convívio dentro e fora de casa. No caso, pais e cuidadores, líderes de comunidades, professores, amigos e conhecidos próximos, como colegas de escola.