Governo vai liberar recursos para segurança do Rio Grande do Norte

Para ver de perto a situação no Rio Grande do Norte, que desde a semana passada sofre com uma onda de ataques, o ministro da Justiça, Flávio Dino, desembarcou na noite de ontem (19) em Natal.

Mais uma vez, o ministro garantiu apoio do governo federal enquanto for necessário e até que situação esteja situação esteja completamente controlada. E destacou que, até o momento, foram enviados cerca de 700 policiais das várias forças federais, o que representa um investimento de mais de R$ 5,3 milhões.

Flavio Dino disse que o objetivo principal da visita é sobre o apoio financeiro para melhorar a segurança e reestruturação do sistema prisional no estado: "E o sentido principal desta visita, além da dimensão da crise, é nós dimensionarmos apoio financeiro ao Rio Grande do Norte, para que sejam compradas mais viaturas, sejam comprados mais armamentos e para que nós tenhamos uma reestruturação do sistema penitenciário aqui no Rio Grande do Norte, com investimentos em estrutura física. Abrangendo reformas no sistema penitenciário hoje existente, e também a construção de novas unidades".

O Ministério da Justiça já dispõe desses recursos e não depende da votação de leis ou de previsão orçamentária.

Ao menos 259 ataques foram feitos contra a população, prédios públicos, comércios e veículos desde a última terça-feira (14) até a noite desse domingo (19). Os dados da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte

A suspeita é de que os atos são uma reação do crime organizado a prisões feitas em operações do estado nas últimas semanas. 

Em relação às denúncias de tortura nos presídios, Flavio Dino diz ter confiança na apuração pelo governo do Rio Grande do Norte, mas que depende também da melhoria do sistema prisional.

O ministro Flavio Dino disse ainda que o uso do mecanismo da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que inclui a convocação das Forças Armadas, não está sendo considerado neste momento, sobretudo, pela redução dos indicadores da crise. 

*com informações da Agência Brasil