Um diretor e sete funcionários da Fundação Casa em Franco da Rocha, na grande São Paulo, foram afastados de suas funções por determinação da Justiça. Eles são citados em um processo, movido pelo Ministério Público de São Paulo e pela Defensoria Pública, por abusos físicos sistemáticos contra jovens internados no local.
A decisão da justiça foi publicada na semana passada e a multa em caso de descumprimento pode chegar a R$ 500 mil.
Segundo relatos colhidos pela promotoria, os adolescentes falaram que sofriam chutes, joelhadas e socos em diversas partes do corpo; além de enforcamentos e limitação na oferta de água. Em um dos episódios, um jovem teria sido agredido, mesmo sofrendo convulsões. Outros relatos também afirmaram que o diretor participava dos atos violentos contra os adolescentes.
Ao conceder a liminar de afastamento dos funcionários, o magistrado Rafael Campadelli Andrade considerou que o quadro de violações presente na unidade só poderia ser sanado com o afastamento dos envolvidos.
Procurada, a Fundação Casa enviou nota afirmando que cumpriu a decisão da justiça afastando os servidores envolvidos e que a Corregedoria Geral da instituição também investiga o caso. O processo corre em sigilo.