Crianças terão pulseira de identificação para evitar que desapareçam na Rio 2016

Publicado em 03/08/2016 - 20:11 Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos distribuiu hoje (3) 50 mil pulseiras de identificação para crianças na Rodoviária Novo Rio e na Central do Brasil. A iniciativa é parte de um trabalho de conscientização e prevenção da secretaria para o período dos Jogos Olímpicos (5 a 21 de agosto) e Paralímpicos (7 a 18 de setembro). As pulseiras têm o nome, o telefone e o endereço da criança.

De acordo com a vice-presidente da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), Karine Costa, os responsáveis pelas crianças são orientados sobre a importância da identificação, principalmente em locais de grande concentração de pessoas, como as arenas olímpicas e os live sites, locais públicos equipados com telões no Boulevard Olímpico, no centro, no Parque Madureira, em Campo Grande, e na orla de Copacabana. "As crianças já devem sair de casa identificadas", disse Karine. Ela explicou que, desse modo, caso se percam, fica mais fácil encontrá-las.

Também foram entregues cartazes com fotos de crianças desaparecidas e material informativo. As pulseiras e informativos continuarão sendo distribuídos de dias 6 a 21 deste mês, período em que equipes multidisciplinares, com cerca de 800 pessoas, estarão em locais com grande concentração de público. Haverá também um plantão integrado para atender a crianças e adolescentes.

Segundo Karine, é preciso ampliar a cultura da identificação da criança e combater o costume de que os desaparecimentos só devem ser registrados em delegacias após 24 horas. Para Karine, a comunicação às autoridades deve ser imediata. “É um equívoco [esperar 24 horas]. É preciso registrar o desaparecimento imediatamente, na delegacia mais próxima. Depois disso, o Programa SOS Crianças Desaparecidas é procurado pelas famílias, e nós distribuímos cartazes com a foto das crianças, além de acompanharmos as famílias." 

Ela enfatizou que a Fundação para a Infância e Adolescência trabalha com esse direcionamento para que os policiais não orientem mais as famílias dessa forma e para que o registro seja feito imediatamente.

Direitos Humanos

Também dentro da programação da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos para a Olimpíada e a Paralimpíada, o programa Rio Sem Homofobia fará plantão na Praça Mauá e no Parque Madureira. O Disque Cidadania LGBT (0800-0234567) vai funcionar 24 horas por dia, para orientar e acolher lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros, além de seus parentes e amigos, caso passem por situações de violência e discriminação.

Equipes técnicas da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres estarão no Boulevard Olímpico e na orla de Copacabana. Haverá também dois ônibus para atender ao público. Uma equipe da Subsecretaria de Defesa e Promoção de Direitos Humanos apoiará o Comitê Integral de Proteção a Crianças e Adolescentes nos Megaeventos, com postos de atendimento nos live sites.

Outro foco de atuação será o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a Erradicação do Trabalho Escravo, que vai instalar na Cinelândia o Projeto GIFT Box Brasil. A caixa (box) simboliza o aliciamento feito por traficantes para enganar as vítimas com falsas promessas. Dentro da caixa, há relatos de pessoas traficadas e postas em situação de exploração sexual, laboral, servidão doméstica, adoção ilegal ou tráfico de órgãos.

Além disso, haverá um grupo de observadores de direitos humanos, com representantes dos ministérios públicos Estadual, Federal e do Trabalho; das defensorias públicas Geral do Estado e da União; de tribunais de Justiça, Regional do Trabalho e Regional Federal; do Ministério do Trabalho e Emprego e da prefeitura do Rio de Janeiro, além de observadores internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) e o reforço de 40 voluntários.

Edição: Nádia Franco

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