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Ministério lança guia no Rio para turistas com deficiência na Paralimpíada

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 31/08/2016 - 21:49
Rio de Janeiro

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O Ministério do Turismo lançou hoje (31), na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, o guia Dicas para atender bem turistas com deficiência, destinado a prestadores de serviços do setor turístico, com foco nos visitantes que chegarão ao Brasil e ao Rio de Janeiro, em especial para os Jogos Paralímpicos, cuja abertura ocorrerá no próximo dia 7 de setembro, no estádio do Maracanã, e se estenderão até 18 de setembro.

O secretário nacional interino de Qualificação e Promoção do Turismo, Hercy Rodrigues, destacou a importância de se conscientizar a população quanto à maneira como deve se comportar em relação às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida: “A intenção do ministério é poder ajudar e valorizar as pessoas com deficiência, no sentido de dar a elas as condições de transitarem e terem sua atividade da melhor maneira possível”.

O guia ensina como as pessoas devem se dirigir a visitantes que apresentam dificuldade de locomoção, de enxergar ou de ouvir. Hotéis e guias turísticos terão prioridade na distribuição dos guias. Foram produzidos 35 mil exemplares da publicação, cuja distribuição já começou em todo o país, com destaque para o Rio de Janeiro e cidades do futebol, visando a auxiliar os profissionais que atendem os turistas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

O guia ressalta que a acessibilidade é um direito universal que objetiva garantir a melhoria da qualidade de vida, permitindo maior autonomia para portadores de deficiência e pessoas com mobilidade reduzida, como grávidas e idosas.

Na avaliação do ministro interino do turismo, Alberto Alves, esse é um passo importante que o ministério do turismo dá em direção ao turismo acessível para todos: “Atender bem é uma premissa universal do turismo e, além da acessibilidade na estrutura dos atrativos e empreendimentos, é importante que os prestadores de serviços turísticos saibam como bem atender as pessoas com deficiência”.

Acessibilidade

A secretária especial de Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Justiça, Rosinha da Adefal, disse que promover a acessibilidade e a inclusão não significa somente remover barreiras físicas. Disse que, mesmo que falte uma rampa ou um intérprete na  comunicação, bom senso e boa vontade conseguem promover a inclusão: “Eu quero dizer que a principal barreira para que aconteça a acessibilidade é a barreira da atitude”.

Rosinha deixou claro que o turista com deficiência é um consumidor como qualquer outro e deve ser visto como uma pessoa que dá lucro aos estabelecimentos, como qualquer outro cidadão. Para ela, o maior legado que a Paralimpíada vai deixar para o país é a mudança de atitude, o olhar diferenciado em relação às pessoas com deficiência.  Mais do que o legado físico – ressaltou - em termos de acessibilidade e mobilidade urbana, o legado da mudança cultural e do hábito de promover o respeito para essas pessoas é que ficará no país, “identificando que somos todos diferentes mas que, respeitando essas diferenças, a gente tem essa igualdade”.

Momento oportuno

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, ressaltou que os Jogos Paralímpicos são o momento adequado para o lançamento do guia Dicas para atender bem turistas com deficiência porque constitui um veículo de mudança de atitude em relação a pessoas com deficiência. “É impossível assistir uma edição de Jogos Paralímpicos e isso não te transformar por dentro. E essa mudança, quando é de dentro para fora, é muito mais duradoura e muito mais eficaz”. A melhor forma de encarar a questão é falar sobre ela, disse Parsons.

O ministério do turismo tem em produção dois outros guias que serão direcionados ao atendimento de pessoas idosas e ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros).