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Saúde

SBU quer incluir times de futebol na prevenção ao câncer de próstata

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/11/2018 - 13:07
Rio de Janeiro
Monumentos são iluminados de azul em apoio à campanha Novembro Azul para chamar a atenção dos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil

No dia nacional de combate ao câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) amplia ações no sentido de vincular a campanha anual de conscientização dos homens à prevenção da doença junto aos órgãos públicos, de modo que eles autorizem a iluminação de todos os monumentos em alusão ao Novembro Azul, iniciado em 2004, na Austrália. Isso ocorreu com a Arquidiocese do Rio de Janeiro em relação ao Cristo Redentor.

De acordo com o secretário-geral da SBU, Alfredo Canalini, a instituição está levando também a campanha de conscientização sobre o câncer de próstata aos times de futebol. Além disso, a SBU disponibiliza equipes que podem ir às empresas dar palestra e instruções aos homens sobre as condutas que devem ser tomadas para evitar mortes por câncer de próstata, além de outros aspectos da saúde do homem.

É feita ainda divulgação aberta nas companhias para que elas permitam que os funcionários usem botons ou laços azuis em suas roupas, lembrando da campanha que continua ao longo de todo o mês de novembro.

Saúde do homem

No próximo dia 20, representantes da SBU participam do 11º Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O Fórum acontece todos os anos por sugestão da entidade para discussão da saúde do homem. Este ano o tema é “A saúde do homem do campo”.

Alfredo Canalini informou que a SBU desenvolve ações com a Frente Parlamentar de Saúde do Homem. “Nossa ação é sempre no sentido de fazer que o programa de assistência médica à saúde do homem, que foi publicado em 2007 pelo governo federal, seja colocado em prática”.

A SBU já encaminhou ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, documento salientando a necessidade de ações em nível de saúde pública, “que não são caras, mas podem resgatar alguns pacientes de doenças, especialmente os mutilantes, entre eles o câncer de pênis, que existem em regiões mais pobres do Brasil, como o interior do Maranhão e do Piauí, e que são doenças que atrapalham muito a qualidade de vida do homem.

Conforme dados do Datasus, do Ministério da Saúde, 1.6 mil pênis são amputados por ano no Brasil.

Higiene

Canalini esclareceu que os homens podem evitar o câncer de pênis fazendo a higiene adequada na região genital e por meio da retirada do prepúcio, quando o paciente tem uma fimose e não consegue puxar a pele que recobre a ponta do pênis, de modo a fazer uma higiene correta no local e evitar infecções que acabem lesionando a pele e se transformando em câncer.

Em relação à próstata, a recomendação da SBU é que os homens devem procurar um urologista para fazer o primeiro exame aos 50 anos de idade, com o objetivo de detectar precocemente o câncer nesse órgão. Caso o homem seja do grupo de risco, a orientação é que o primeiro exame da próstata seja feito a partir dos 45 anos de idade.

Esse grupo de risco inclui pessoas do sexo masculino com histórico de câncer de próstata na família; homens obesos com índice de massa corporal acima de 35; e pacientes afrodescendentes, já que estudos mostram que o negro tem mais tendência de ter câncer de próstata.