Ministério vai ofertar ajuda emergencial à saúde do Rio

Acordo com a prefeitura do Rio será assinado na sexta-feira

Publicado em 12/12/2019 - 18:59 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O governo federal irá oferecer ajuda emergencial à saúde do município do Rio de Janeiro, de acordo com aviso enviado à imprensa. Amanhã (13), o ministro interino da Saúde, João Gabbardo, irá assinar termo de acordo com a prefeitura do Rio.

A assinatura está agendada para as 11h30 e ocorrerá no Palácio da Cidade, no bairro de Botafogo, no Rio. A pasta não adiantou quais serão os termos da ajuda, nem se haverá transferência de recursos.

Hoje (12) é o terceiro dia de paralisação dos servidores terceirizados da saúde da cidade. Clínicas da família e centros municipais de saúde geridos por organizações sociais (OSs) estão funcionando apenas com 30% dos profissionais. Estão sendo atendidos apenas casos mais graves, os demais estão sendo encaminhados a outras unidades de saúde.

Os trabalhadores, que são agentes comunitários de saúde, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, entre outros, estão com salários atrasados desde outubro.

Decisão judicial

Nesta quinta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) determinou o bloqueio de R$ 300 milhões das contas do município do Rio de Janeiro para o pagamento dos profissionais terceirizados da saúde que estão com os salários atrasados. Os empregados devem voltar ao trabalho assim que forem pagos.

A prefeitura ainda pode recorrer da decisão. Pelas redes sociais, o prefeito Marcelo Crivella não há crise na saúde. "Não há crise, é falsa. Houve sim, atraso de um mês, em alguns casos, dois meses nas OSs, mas só nelas", diz em vídeo publicado nas redes sociais na tarde de hoje.

De acordo com Crivella, nos grandes hospitais não há atraso de salário. "Os atrasos foram nas OSs, por conta também da péssima gestão de algumas delas, que estamos tirando agora".

Em nota divulgada hoje, a prefeitura informou que R$ 12,5 milhões deverão ser repassados para as OSs ainda hoje. A partir daí, as organizações têm 24 horas para depositar o salário nas contas dos funcionários.

Edição: Bruna Saniele

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