ANS recebeu mais de 11 mil queixas relacionadas à covid-19 desde março
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Entre março e agosto, a Agência Nacional de Saúde Suplementar recebeu 11.123 reclamações de usuários de planos de saúde relacionadas à pandemia. O dado faz parte do Boletim Covid-19 divulgado hoje (18) pela agência reguladora, que monitora informações assistenciais e econômico-financeiras do setor durante a pandemia.
Mais da metade (57%) das reclamações diz respeito a dificuldades para realizar exames e tratamento. O boletim mostra ainda que 28% das reclamações tratam de outras assistências afetadas pela pandemia, e 15% são sobre assuntos não assistenciais, como contratos e normas.
O registro de reclamações sobre exames e tratamentos de covid-19 atingiu o pico na segunda quinzena de julho, quando a agência recebeu 1.914 queixas. Esse número caiu até a primeira quinzena de agosto, mas voltou a subir na segunda quinzena, quando chegou a 836.
Além das mais de 11 mil reclamações, a ANS recebeu também 15.221 demandas de informações relacionadas à pandemia.
As queixas passam por um processo de mediação de conflitos, permitindo que as operadoras resolvam as irregularidades e evitando a abertura de processos judiciais e administrativos. Segundo a ANS, entre as demandas passíveis de mediação, houve resolutividade de 92%. Se consideradas apenas as reclamações relacionadas à Covid-19, 89,2% foram solucionadas com a mediação de conflitos.
Inadimplência
Assim como em junho e julho, a inadimplência dos usuários de plano de saúde ficou em 7% em agosto. Esse percentual é maior para os planos individual/familiar, chegando a 11%. Já para os planos coletivos, a inadimplência é de 5%.
O número geral de queixas protocoladas na agência reguladora em agosto foi de 14.023, abaixo dos 14.965 contabilizados no mês passado. Apesar disso, o número ficou acima do que foi verificado em agosto de 2019, quando houve 11.953 reclamações.
O valor pago pelos usuários de planos de saúde caiu pelo terceiro mês seguido, chegando a R$ 14,046 bilhões. Já os pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço aumentou e atingiu R$ 9,919 bilhões. O cenário fez com que aumentasse a sinistralidade de caixa das operadoras de planos de saúde, que, apesar disso, se mantém abaixo dos níveis históricos. A razão para sinistralidade mais baixa é a permanência dos pagamentos a fornecedores em um patamar abaixo da média histórica.
![Reuters/Chip Somodevilla/Proibida reprodução WASHINGTON, DC - JANUARY 20: U.S. President Donald Trump speaks during inauguration ceremonies in the Rotunda of the U.S. Capitol on January 20, 2025 in Washington, DC. Donald Trump takes office for his second term as the 47th president of the United States. Reuters/Chip Somodevilla/Proibida reprodução](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)