Butantan reforçará dados sobre aplicação de vacina para evitar perdas

Constatou-se erro na extração de doses em postos de vacinação

Publicado em 13/04/2021 - 12:41 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O Instituto Butantan vai reforçar as informações sobre a aplicação da vacina CoronaVac contra a covid-19. Segundo o instituto, foi constatado que a prática incorreta na extração da vacina das ampolas resulta na perda de doses em alguns postos de aplicação.

“Todas as notificações recebidas pelo instituto até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação. Portanto, não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan”, ressalta nota divulgada pelo instituto.

Em reunião realizada na semana passada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás, várias cidades relataram que ampolas de CoronaVac teriam menos doses do que as informadas pelo Butantan.

Segundo o instituto, cada frasco tem 10 doses de 0,5 mililitro, totalizando 5 ml. Porém, é envasado um conteúdo extra de aproximadamente 0,7 ml, o que possibilita uma margem para aplicação das 10 doses. Por isso, o instituto vai revisar a bula da CoronaVac, de maneira a deixar mais claras as informações sobre a extração do líquido dos frascos e adicionar um QRCode com um vídeo demonstrativo do procedimento.

O Butantan informou, ainda, que seringas com volume maior do que o necessário podem dificultar a visualização da quantidade de vacina por não terem todas as gradações necessárias. É preciso ainda que os profissionais estejam atentos à posição correta da seringa na ampola, explicou o instituto.

Edição: Kleber Sampaio

Últimas notícias
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.
Justiça

AGU pede ao STF apuração de posts com divulgação de decisões de Moraes

O jornalista Michael Shellenberger divulgou na rede social X decisões sigilosas de Alexandre de Moraes. Para AGU, há suspeita de interferência no andamento dos processos e violação do sigilo dos documentos.