Dólar fecha estável após chegar a R$ 5,22 pela manhã

Bolsa encerra com alta de 2,5% depois de subir quase 4%

Publicado em 09/11/2020 - 19:00 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Em um dia de oscilações no mercado financeiro, o dólar fechou próximo da estabilidade, depois de cair para R$ 5,22 durante a manhã. A bolsa de valores chegou a subir quase 4%, mas desacelerou ao longo do dia.

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (9) vendido a R$ 5,386, com recuo de R$ 0,007 (-0,08%). A queda durante a manhã fez investidores comprarem a divisa, pressionando os preços. Na máxima do dia, por volta das 15h45, a moeda chegou a ser vendida a R$ 5,42.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 103.487 pontos, com alta de 2,54%. No melhor momento do dia, por volta das 10h20, o indicador superou os 105 mil pontos. Apesar da desaceleração ao longo da tarde, o Ibovespa encerrou no melhor nível desde 6 de agosto.

Nos últimos dias, os mercados financeiros atravessaram dias de euforia com a definição do resultado das eleições norte-americanas. Após a confirmação da vitória do candidato democrata Joe Biden, a segunda-feira foi marcada por um dia de ajustes, com investidores comprando dólares baratos e vendendo parte das ações que subiram nas últimas sessões para embolsarem os ganhos.

O anúncio de que a eficácia de uma das vacinas contra a covid-19 em estudo chegou a 90% também animou os mercados. A notícia foi divulgada no momento em que os Estados Unidos registram mais de 1 mil mortes diárias e diversos países da Europa voltaram a adotar medidas de restrição social para conter a doença.

Apesar das ameaças do presidente derrotado Donald Trump de recorrer à Justiça sob alegações não comprovadas de fraude, os mercados internacionais pareciam otimistas. Isso porque a gestão de Biden poderá reduzir o protecionismo comercial que caracterizou a administração Trump e deverá estimular os gastos públicos na maior economia do planeta, com investimentos em infraestrutura verde.

O resultado das eleições deverá destravar as negociações em torno de um novo pacote emergencial de estímulos para a economia norte-americana. O primeiro pacote venceu em julho e não foi renovado.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

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