Ipea aumenta projeção de inflação em 0,4% para 2024
A aceleração dos preços do setor de serviços e a desvalorização cambial foram alguns dos motivos que levaram o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a elevar de 4% para 4,4% a projeção da inflação para este ano.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26), a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto avalia que há um desempenho mais forte do nível de atividade econômica e os impactos dela sobre um mercado de trabalho aquecido. A pressão sobre os preços dos alimentos, da energia e dos combustíveis também sinalizam que o processo de desinflação da economia brasileira tende a ser mais lento que o projetado nos últimos três meses.
De acordo com o Ipea, em agosto, a inflação brasileira registrou alta de 4,2% em 12 meses. Em relação aos preços administrados, os reajustes da gasolina, dos planos de saúde e dos medicamentos podem ser apontados como os principais focos de pressão inflacionária no período.
O instituto diz ainda que, em menor intensidade, as altas apontadas pelos alimentos e pelos bens industriais refletem a aceleração dos preços agrícolas e industriais, no atacado, refletindo a elevação dos custos de matérias primas, gerados tanto pela aceleração das cotações das commodities no mercado internacional, quanto pela forte desvalorização cambial.
Quanto aos serviços, o Ipea considera que há pressão inflacionária por conta de uma demanda aquecida e pelo aumento dos custos relativos à mão de obra, ambos provenientes de um mercado de trabalho mais dinâmico.