logo Agência Brasil
General

Justiça concede liberdade a dois sócios do Laboratório Saleme

A decisão também vale para mais dois funcionários do laboratório
Baixar
Cristiane Ribeiro - repórter da Rádio Nacional
11/12/2024 - 09:53
Rio de Janeiro
Nova Iguaçu (RJ) 12/10/2024 - A sede do PCS Lab Saleme, laboratório de análises clínicas interditado pela Anvisa para investigação da infecção de pacientes transplantados pelo vírus HIV, a partir de exames falso-negativos de doadores. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Os dois sócios do Laboratório de Análises Clínicas Saleme, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, devem ser soltos ainda nesta quarta-feira (11). Matheus Bandoli Vieira e Walter Vieira estão presos desde outubro.

O laboratório era contratado pela Fundação Saúde para fazer a sorologia de órgãos doados no Rio de Janeiro. Eles são investigados por falhas nos exames que levaram à infecção por HIV de seis pacientes transplantados no estado.

A decisão da Justiça do Rio de Janeiro, publicada nessa terça-feira, também vale para os funcionários do laboratório Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, corréus no processo.

Mas a liberdade dos quatro é provisória e será reavaliada em seis meses. O relator do acórdão, desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira, determinou que eles cumpram medidas cautelares, como: entregar os seus passaportes; comparecer em juízo cinco dias após as solturas para informar seus respectivos endereços, e, até o dia 10 de cada mês; não podem fazer contato com as vítimas e exercer atividade profissional relacionada ao ramo de laboratório de análises clínicas, até o julgamento do processo; estão proibidos de se ausentar do Rio de Janeiro por mais de oito dias sem autorização judicial.

Dois outros funcionários continuam presos: Cleber de Oliveira dos Santos e Adriana Vargas dos Anjos.

Os seis foram presos preventivamente em outubro. Foi quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público do estado e os tornou réus por associação criminosa, lesão corporal e falsidade ideológica.