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Esportes

COI decide transferir maratona olímpica de Tóquio 2020 para Sapporo

Mudança visa poupar atletas das altas temperaturas no verão japonês
Claudia Soares Rodrigues - Jornalista da TV Brasil
Publicado em 01/11/2019 - 11:51
Rio de Janeiro

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O Comitê Olímpico Internacional (COI) bateu o martelo: a maratona e a marcha atlética dos Jogos de Tóquio 2020 serão disputadas na cidade de Sapporo, no norte do Japão, onde as temperaturas são mais amenas no verão do que na capital japonesa - cinco a seis graus a menos que as registradas em Tóquio. A mudança foi anunciada oficialmente pelo presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do COI, John Coates, na manhã de hoje (1), após reunião com o governo de Tóquio e o governo central japonês, que encerrou a discussão sobre a alteração do local de provas.

Há algumas semanas, o COI se mostrou favorável a transferência da sede da maratona e da marcha atlética para Sapporo, no intuito de poupar atletas do forte calor – no verão deste ano os termômetros ultrapassaram os 35 graus na capital japonesa.   A ideia desagradou a governadora de Tóquio Yuriko Koike, que logo se manifestou publicamente contra a mudança. Hoje, Koike disse aceitar a transferência, mas não deixou de fazer ressalvas.

“Ainda achamos que seria melhor se essas provas acontecessem em Tóquio, mas queremos garantir o sucesso dos Jogos. Não concordamos com a decisão do COI, mas não vamos interferir mais”, assegurou Koike.

A maratona  é uma das provas mais tradicionais dos Jogos Olímpicos e costuma servir de vitrine para promover o turismo nas cidades-sede. Em Tóquio, também seria assim: o percurso inicialmente divulgado incluía diversos pontos turísticos da capital japonesa. Agora, após a decisão do COI, as atenções voltam-se para Sapporo, a 832 Km à norte de Tóquio.

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, John Coates, admitiu que os acontecimentos no recente Mundial de Atletismo em Doha, no Catar, também influenciaram na decisão de mudar o local de provas.  A maratona do Mundial em Doha, em setembro, foi considerada a mais dura da história. Houve recorde de desistências e dezenas de atendimentos médicos. Apesar da largada à meia-noite, os atletas tiveram que enfrentar temperatura média de 30 graus e 80% de umidade.