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Esportes

China tem salto de covid-19 entre atletas e autoridades olímpicas

Foram registrados 36 casos, sete deles ocorreram em bolha fechada
Yew Lun Tian *
Publicado em 29/01/2022 - 14:57
Pequim
Homem fotograda logo iluminado da Olimpíada de Inverno Pequim 2022 em Pequim - Beijing - Jogos de Inverno
© Reuters/Fabrizio Bensch/Direitos Reservados
Reuters

As infecções diárias de covid-19 entre atletas e dirigentes de equipes nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim saltaram para 19 nesta sexta-feira (28), ante apenas duas no dia anterior, com os organizadores dos Jogos alertando para mais infecções nos próximos dias.

Incluindo atletas e autoridades, 36 pessoas associadas aos Jogos foram infectadas: 29 quando chegaram ao aeroporto de Pequim e sete já na "bolha fechada" que separa a equipe do evento do público, disse o comitê organizador no sábado (29).

"Agora estamos passando pelo período de pico de pessoas chegando à China e, portanto, esperamos ver os números mais altos nesta fase", disse o diretor médico dos Jogos, Brian McCloskey, em entrevista coletiva.

Os organizadores estão "confiantes" em seu sistema de prevenção da covid-19 e é improvável que as infecções vazem para o público, disse McCloskey.

Os casos entre atletas e dirigentes de equipes superaram os de "outras partes interessadas", incluindo mídia, patrocinadores e funcionários pela primeira vez desde que a China começou a publicar números diários de casos de coronavírus relacionados às Olimpíadas em 23 de janeiro, de acordo com uma contagem da Reuters de declarações anteriores.

"É irritante que todas as manhãs você tenha que acordar um pouco mais cedo, especialmente para fazer um teste de PCR. Acho que em poucos dias será como escovar os dentes", disse o jogador de hóquei russo Anton Slepyshev à agência de notícias RIA. "Todo mundo está preocupado que o resultado do teste de repente seja positivo. Mas a realidade é que estamos vivendo com covid. Aceitamos todos os riscos e medos", disse ele.

Os Jogos acontecerão da próxima sexta-feira (4) a 20 de fevereiro, em uma bolha selada do resto da China, onde a política de tolerância zero do governo contra o covid-19 praticamente fechou a fronteira do país para chegadas internacionais.

Reportagem adicional de Gabrielle Tetrault-Farber e Joseph Campbell

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