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Maioria dos estados se prepara para a imunização contra o HPV

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 09/02/2014 - 12:52
Rio de Janeiro
Vacina HPV
© Elza Fiúza/Agencia Brasil
Vacina HPV

Vacina HPVElza Fiúza/Agencia Brasil

Com exceção do Tocantins, na Região Norte, e de Pernambuco, na Região Nordeste, todos os demais estados já estão desenvolvendo atividades preparatórias à implantação da Campanha  de Imunização contra o HPV, cujo início foi programado pelo Ministério da Saúde para o próximo dia 10 de março.

A campanha de vacinação contra o vírus do papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês human papiloma virus) foi lançada no último dia 29 de janeiro pelo então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em cadeia nacional de rádio e televisão.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. É atualmente um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero, o  terceiro mais frequente entre as mulheres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 290 milhões de mulheres em todo o mundo têm HPV.

A imunização tem como  público-alvo, nessa  primeira etapa, meninas de 11 a 13 anos de idade. O  objetivo é a  prevenção do câncer de colo de útero. A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que a ideia é sensibilizar estados e municípios para que se integrem à campanha, condição para que a vacinação obtenha sucesso.

A campanha de imunização  prevê mais duas fases. A  segunda dose será  aplicada seis meses depois, ou seja, em setembro, nas unidades de saúde, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.  Os pais que não quiserem que suas filhas sejam vacinadas terão que assinar um termo de recusa.

A vacina a ser utilizada será a quadrivalente, que dá  proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) de HPV.  De acordo com o Ministério da Saúde, a  vacina tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por essa razão, não tiveram nenhum contato com o vírus.

O órgão adverte, porém, que a vacina não substitui o exame preventivo ( Papanicolau) a cada ano, nem o uso do preservativo nas relações sexuais.